Saudade, quem não tem,
Calça os sapatos convicto.
Quem tem, calça-os distraído...
...e só mais tarde percebe que escolheu o mais bonito!
. . .
?
Seu cheiro ainda está aqui.
Não vou conseguir dormir;
Vou perder meu compromisso!
!?E o que Deus terá com isso!?
. . .
E me fotografou num relâmpago:
“--Tome menino, um doce coração rebelde;
Um vício indelével;
Uma solidão templária.
E vá sonhar pela vida!”
. . .
A minha casa é mais bonita à noite.
A porta da cozinha dá pra Lua...
E a da sala para a face oculta.
. . .
A mulher ainda não conhecia o amor...
O homem ainda não inventara os espelhos...
Mas vi teus olhos - dois isqueiros acesos - refletindo e prometendo
Ainda mais fogo em meus pelos...
. . .
A pedra azul, por exemplo, ama o azul?
E se ama, será que o azul corresponde?
Ou desama a pedra que o prende?
. . .
Afinal, em tudo na vida há aprontos...
Recuos...indecisão.
E os fui-não-fui-e-acabei-fondo!
Do fundo do coração!
. . .
O poeta,
Este ser que veio na rede;
Que olha tudo mortalmente maravilhado!
(Das vezes embrulhado;
Em outras lendo o jornal...)
. . .
Eu só não sei dançar essas músicas da terra,
Músicas de gente demasiadamente humana.
Mas com você eu danço sim.
Você não é só uma simples mulher !
Não é uma desumana dançarina!
E acho que posso te mostrar uns passos que aprendi com os anjos.
E uns ritmos que alucinam no inferno!
. . .
Quero trocar penas, peles, pétalas...
Tudo o que sei pelo que saberei dando passos...
Com os sabiás, que sábios,
Assobiam sabiá
E nunca assobiam o que não sabem!
. . .
Quero aprender com você, corvo desalmado
A limpar do ego o estragado.
Quero aprender com você, piranha desalmada
A devorar sem pecado.
Quero aprender com você, serpente desalmada
O silêncio onde fui bardo.
Quero aprender com você, velho trem no pátio
A envelhecer sem cuidados.
. . .
Amor, por favor,
Não vista mais esse vestido
Preto como um rabisco de Lúcifer no solo:
Deixe-o pra sempre assim meio torto, querendo o caído,
Enroscado a lançamento,
No meu cabide dos olhos,
Em todo amor que sinto!
. . .
Olhe o Amor,
Toma sol na pedra com uns lagartos.
É sereno,
É vagabundo preocupado com inventos.
E que as nuvens cuidem das incorrespondências no firmamento...
Calça os sapatos convicto.
Quem tem, calça-os distraído...
...e só mais tarde percebe que escolheu o mais bonito!
. . .
?
Seu cheiro ainda está aqui.
Não vou conseguir dormir;
Vou perder meu compromisso!
!?E o que Deus terá com isso!?
. . .
E me fotografou num relâmpago:
“--Tome menino, um doce coração rebelde;
Um vício indelével;
Uma solidão templária.
E vá sonhar pela vida!”
. . .
A minha casa é mais bonita à noite.
A porta da cozinha dá pra Lua...
E a da sala para a face oculta.
. . .
A mulher ainda não conhecia o amor...
O homem ainda não inventara os espelhos...
Mas vi teus olhos - dois isqueiros acesos - refletindo e prometendo
Ainda mais fogo em meus pelos...
. . .
A pedra azul, por exemplo, ama o azul?
E se ama, será que o azul corresponde?
Ou desama a pedra que o prende?
. . .
Afinal, em tudo na vida há aprontos...
Recuos...indecisão.
E os fui-não-fui-e-acabei-fondo!
Do fundo do coração!
. . .
O poeta,
Este ser que veio na rede;
Que olha tudo mortalmente maravilhado!
(Das vezes embrulhado;
Em outras lendo o jornal...)
. . .
Eu só não sei dançar essas músicas da terra,
Músicas de gente demasiadamente humana.
Mas com você eu danço sim.
Você não é só uma simples mulher !
Não é uma desumana dançarina!
E acho que posso te mostrar uns passos que aprendi com os anjos.
E uns ritmos que alucinam no inferno!
. . .
Quero trocar penas, peles, pétalas...
Tudo o que sei pelo que saberei dando passos...
Com os sabiás, que sábios,
Assobiam sabiá
E nunca assobiam o que não sabem!
. . .
Quero aprender com você, corvo desalmado
A limpar do ego o estragado.
Quero aprender com você, piranha desalmada
A devorar sem pecado.
Quero aprender com você, serpente desalmada
O silêncio onde fui bardo.
Quero aprender com você, velho trem no pátio
A envelhecer sem cuidados.
. . .
Amor, por favor,
Não vista mais esse vestido
Preto como um rabisco de Lúcifer no solo:
Deixe-o pra sempre assim meio torto, querendo o caído,
Enroscado a lançamento,
No meu cabide dos olhos,
Em todo amor que sinto!
. . .
Olhe o Amor,
Toma sol na pedra com uns lagartos.
É sereno,
É vagabundo preocupado com inventos.
E que as nuvens cuidem das incorrespondências no firmamento...
Um comentário:
"E acho que posso te mostrar uns passos que aprendi com os anjos.
E uns ritmos que alucinam no inferno!"
....
que belo e inusitado conflito!
interessante passear pelos seus caminhos em palavras.
assim somos, uns tantos em um só.
Vou me deixar passear a cada dia uma nova estrada por aqui.
De pouco em pouco ... indo de galeria em galeria.
é possível trazer em imagens o efeito do abstrato da alma.
reflitamos sobre essa possibilidade.
bem de mim,
Gisa
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