quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
BALANÇOS
Deixei já a janela aberta...
Você sabe,
Minha alma não tem portas...
Nem me importa a hora certa...
Desconversas...
...Só a essência!
Chega, entra, pousa num dos balanços da casa
A sua doce presença...
...Junto a mim de preferência!
Você sabe,
Minha alma não tem portas...
Nem me importa a hora certa...
Desconversas...
...Só a essência!
Chega, entra, pousa num dos balanços da casa
A sua doce presença...
...Junto a mim de preferência!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Esqueleto Preto
O que é que voa em esqueleto preto,
Por estar trocando a carne?
Que é do pássaro irmão de leite!
Que é da cobra o filho pródigo!
É o Jeito?
Ou é o Tempo?
Ou será Deus, que agora tímido aparece?
Nada!
É o homem!
Que sozinho; denso e brilhante,
Lutador de rua e aprendiz de santo,
Envelhece.
Dentro do seu próprio Cavalo de Tróia.
...Ou é mesmo a culpa que polida virou jóia?
Por estar trocando a carne?
Que é do pássaro irmão de leite!
Que é da cobra o filho pródigo!
É o Jeito?
Ou é o Tempo?
Ou será Deus, que agora tímido aparece?
Nada!
É o homem!
Que sozinho; denso e brilhante,
Lutador de rua e aprendiz de santo,
Envelhece.
Dentro do seu próprio Cavalo de Tróia.
...Ou é mesmo a culpa que polida virou jóia?
DO INFINITO TALVEZ
Veja meu amor, que lindo aquilo!
O jovem Infinito está dormindo ao relento.
A proa suspensa no abismo;
As costas de oceanos no rochedo;
A face de Narciso;
O tronco impreciso;
A cabeça de vento cercada de Sempre-vivas...
...
Meu novo amor, nem nos demos conta do tempo!
Depressa nos escondamos na caverna;
Naquela varanda aérea...
A do nosso encontro primeiro.
Veja: nos mastros preguiçosos do Infinito
As galáxias estão se mexendo...
E se ele nos ver...
Nem sabemos!!
O jovem Infinito está dormindo ao relento.
A proa suspensa no abismo;
As costas de oceanos no rochedo;
A face de Narciso;
O tronco impreciso;
A cabeça de vento cercada de Sempre-vivas...
...
Meu novo amor, nem nos demos conta do tempo!
Depressa nos escondamos na caverna;
Naquela varanda aérea...
A do nosso encontro primeiro.
Veja: nos mastros preguiçosos do Infinito
As galáxias estão se mexendo...
E se ele nos ver...
Nem sabemos!!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
DORME NÃO MORRE
Pra dormir te aconselho um comprimido que chamam de Lua.
Vem numa caixa azul tarja preta.
Se mesmo assim não conseguir, tome logo as Três Marias...!
Mas se quiser morrer, lembre-se dos planetas!
Vem numa caixa azul tarja preta.
Se mesmo assim não conseguir, tome logo as Três Marias...!
Mas se quiser morrer, lembre-se dos planetas!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
A BOMBA
A BOMBA
Sou um sonhador atravessando a rua
Com uma bomba nas mãos.
A bomba estava numa sarjeta suja.
Então tive piedade e vou levá-la pra casa.
Acho estranho; ela tem olhos grandes de órfão inteligente...
Mas ninguém vê a bomba!
...Não consigo pensar que sou louco...
Vou levá-la pra casa, dar banho, arroz, água mineral, o sofá da sala...
O Natal está chegando...
Atravesso a rua pensando que mais alguém anda com uma bomba...
Não consigo achar que estou louco.
Imagino um dia a bomba virando pomba branca e voando pela janela...
Deus, alguém deve ter uma bomba igual a minha!
Ou parecida...
Sou um sonhador; eu vejo a bomba!
Será que existe uma lei que não permite vermos um a bomba do outro...?
Será que existe uma lei só para sonhadores na hora de atravessar a rua...?
Será que não existem sonhadores...?
Será que sou um sonhador...?
Imagino um encontro do outro lado da rua:
Eu e você desconhecidos soltaremos as bombas e elas voarão em volta do nosso abraço!
O Natal está chegando...
Sou um sonhador atravessando a rua...
Sou um sonhador atravessando a rua
Com uma bomba nas mãos.
A bomba estava numa sarjeta suja.
Então tive piedade e vou levá-la pra casa.
Acho estranho; ela tem olhos grandes de órfão inteligente...
Mas ninguém vê a bomba!
...Não consigo pensar que sou louco...
Vou levá-la pra casa, dar banho, arroz, água mineral, o sofá da sala...
O Natal está chegando...
Atravesso a rua pensando que mais alguém anda com uma bomba...
Não consigo achar que estou louco.
Imagino um dia a bomba virando pomba branca e voando pela janela...
Deus, alguém deve ter uma bomba igual a minha!
Ou parecida...
Sou um sonhador; eu vejo a bomba!
Será que existe uma lei que não permite vermos um a bomba do outro...?
Será que existe uma lei só para sonhadores na hora de atravessar a rua...?
Será que não existem sonhadores...?
Será que sou um sonhador...?
Imagino um encontro do outro lado da rua:
Eu e você desconhecidos soltaremos as bombas e elas voarão em volta do nosso abraço!
O Natal está chegando...
Sou um sonhador atravessando a rua...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
UM AMOR EM QUEM PASSA
A felicidade é matéria oculta.
A obra-prima inconclusa de todas as criaturas.
O pássaro malicioso que mora intocável entre os livros.
Iris de opala, clara de sonho...o olho dos planos.
Mas pode mesmo cair...
E brilhar entre os cacos de um espelho trágico!
Mas pode mesmo cair sobre a vida,
Como uma lua de um terraço...
E acertar quem passa na calçada entre as árvores!
A obra-prima inconclusa de todas as criaturas.
O pássaro malicioso que mora intocável entre os livros.
Iris de opala, clara de sonho...o olho dos planos.
Mas pode mesmo cair...
E brilhar entre os cacos de um espelho trágico!
Mas pode mesmo cair sobre a vida,
Como uma lua de um terraço...
E acertar quem passa na calçada entre as árvores!
GABRIEL
Meu pequenino era um leo
Pardo e colorido.
Saciado sereníssimo,
Por um cavalinho pelúcio.
Depois, quis ser no primário,
O pica-pau amarelo.
Aquele que houvera Lobato,
Estranhamente esquecido.
Ora adolesce de sunga
- Um dourado -
Senhor soberano do lago.
Um dinossauro melífero,
Cabeceando Lua de capotão com os amigos.
Meu homem-aranha pesado,
Nos meus cabelos compridos.
E anuncia um mocinho...
...que venham, então, as Micas...
Espetadas por Cupido!
Pardo e colorido.
Saciado sereníssimo,
Por um cavalinho pelúcio.
Depois, quis ser no primário,
O pica-pau amarelo.
Aquele que houvera Lobato,
Estranhamente esquecido.
Ora adolesce de sunga
- Um dourado -
Senhor soberano do lago.
Um dinossauro melífero,
Cabeceando Lua de capotão com os amigos.
Meu homem-aranha pesado,
Nos meus cabelos compridos.
E anuncia um mocinho...
...que venham, então, as Micas...
Espetadas por Cupido!
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