sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
amarasdocesdrágeas
Saudade, quem não tem,
Calça os sapatos convicto.
Quem tem, calça-os distraído...
...e só mais tarde percebe que escolheu o mais bonito!
. . .
?
Seu cheiro ainda está aqui.
Não vou conseguir dormir;
Vou perder meu compromisso!
!?E o que Deus terá com isso!?
. . .
E me fotografou num relâmpago:
“--Tome menino, um doce coração rebelde;
Um vício indelével;
Uma solidão templária.
E vá sonhar pela vida!”
. . .
A minha casa é mais bonita à noite.
A porta da cozinha dá pra Lua...
E a da sala para a face oculta.
. . .
A mulher ainda não conhecia o amor...
O homem ainda não inventara os espelhos...
Mas vi teus olhos - dois isqueiros acesos - refletindo e prometendo
Ainda mais fogo em meus pelos...
. . .
A pedra azul, por exemplo, ama o azul?
E se ama, será que o azul corresponde?
Ou desama a pedra que o prende?
. . .
Afinal, em tudo na vida há aprontos...
Recuos...indecisão.
E os fui-não-fui-e-acabei-fondo!
Do fundo do coração!
. . .
O poeta,
Este ser que veio na rede;
Que olha tudo mortalmente maravilhado!
(Das vezes embrulhado;
Em outras lendo o jornal...)
. . .
Eu só não sei dançar essas músicas da terra,
Músicas de gente demasiadamente humana.
Mas com você eu danço sim.
Você não é só uma simples mulher !
Não é uma desumana dançarina!
E acho que posso te mostrar uns passos que aprendi com os anjos.
E uns ritmos que alucinam no inferno!
. . .
Quero trocar penas, peles, pétalas...
Tudo o que sei pelo que saberei dando passos...
Com os sabiás, que sábios,
Assobiam sabiá
E nunca assobiam o que não sabem!
. . .
Quero aprender com você, corvo desalmado
A limpar do ego o estragado.
Quero aprender com você, piranha desalmada
A devorar sem pecado.
Quero aprender com você, serpente desalmada
O silêncio onde fui bardo.
Quero aprender com você, velho trem no pátio
A envelhecer sem cuidados.
. . .
Amor, por favor,
Não vista mais esse vestido
Preto como um rabisco de Lúcifer no solo:
Deixe-o pra sempre assim meio torto, querendo o caído,
Enroscado a lançamento,
No meu cabide dos olhos,
Em todo amor que sinto!
. . .
Olhe o Amor,
Toma sol na pedra com uns lagartos.
É sereno,
É vagabundo preocupado com inventos.
E que as nuvens cuidem das incorrespondências no firmamento...
Calça os sapatos convicto.
Quem tem, calça-os distraído...
...e só mais tarde percebe que escolheu o mais bonito!
. . .
?
Seu cheiro ainda está aqui.
Não vou conseguir dormir;
Vou perder meu compromisso!
!?E o que Deus terá com isso!?
. . .
E me fotografou num relâmpago:
“--Tome menino, um doce coração rebelde;
Um vício indelével;
Uma solidão templária.
E vá sonhar pela vida!”
. . .
A minha casa é mais bonita à noite.
A porta da cozinha dá pra Lua...
E a da sala para a face oculta.
. . .
A mulher ainda não conhecia o amor...
O homem ainda não inventara os espelhos...
Mas vi teus olhos - dois isqueiros acesos - refletindo e prometendo
Ainda mais fogo em meus pelos...
. . .
A pedra azul, por exemplo, ama o azul?
E se ama, será que o azul corresponde?
Ou desama a pedra que o prende?
. . .
Afinal, em tudo na vida há aprontos...
Recuos...indecisão.
E os fui-não-fui-e-acabei-fondo!
Do fundo do coração!
. . .
O poeta,
Este ser que veio na rede;
Que olha tudo mortalmente maravilhado!
(Das vezes embrulhado;
Em outras lendo o jornal...)
. . .
Eu só não sei dançar essas músicas da terra,
Músicas de gente demasiadamente humana.
Mas com você eu danço sim.
Você não é só uma simples mulher !
Não é uma desumana dançarina!
E acho que posso te mostrar uns passos que aprendi com os anjos.
E uns ritmos que alucinam no inferno!
. . .
Quero trocar penas, peles, pétalas...
Tudo o que sei pelo que saberei dando passos...
Com os sabiás, que sábios,
Assobiam sabiá
E nunca assobiam o que não sabem!
. . .
Quero aprender com você, corvo desalmado
A limpar do ego o estragado.
Quero aprender com você, piranha desalmada
A devorar sem pecado.
Quero aprender com você, serpente desalmada
O silêncio onde fui bardo.
Quero aprender com você, velho trem no pátio
A envelhecer sem cuidados.
. . .
Amor, por favor,
Não vista mais esse vestido
Preto como um rabisco de Lúcifer no solo:
Deixe-o pra sempre assim meio torto, querendo o caído,
Enroscado a lançamento,
No meu cabide dos olhos,
Em todo amor que sinto!
. . .
Olhe o Amor,
Toma sol na pedra com uns lagartos.
É sereno,
É vagabundo preocupado com inventos.
E que as nuvens cuidem das incorrespondências no firmamento...
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Fotonovela - "Amor Perecível"
Prod. Gráfica e Argumentos por: Alifas | Fotos por: Edy Gonçalves
Atores: Rods e Hayara Fernandez
Atores: Rods e Hayara Fernandez
Fotonovela - "Bela e Doce Voz da Perdição"
Prod. Gráfica e Argumentos: Alifas | Fotos por: Edy Gonçalves
Atores: Leonardo e Hayara Fernandes
Atores: Leonardo e Hayara Fernandes
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
PODE SER VIRGÍNIA
PODE SER VIRGÍNIA
Essas malditas árvores
Que na seca ficam brancas
Folhas, tudo, flores, cascas...
E sangram visgo escarlate,
Me danam!
Te vejo nelas, nua,
Inocência da palidez naquela noite perdida...
Do escuro só a tulipa entre as coxas
E os olhos quentes de ébano.
Bem, as corujas vieram, quebraram as nossas lâmpadas...
E eu, intrépido, morri...
Tentando salvá-la da pureza,
Viciado em arrebentações de rubis.
Te vejo nua,
E me dano,
Quando essas árvores albinas me cercam nas ruas
E ficam me olhando...
Essas malditas árvores
Que na seca ficam brancas
Folhas, tudo, flores, cascas...
E sangram visgo escarlate,
Me danam!
Te vejo nelas, nua,
Inocência da palidez naquela noite perdida...
Do escuro só a tulipa entre as coxas
E os olhos quentes de ébano.
Bem, as corujas vieram, quebraram as nossas lâmpadas...
E eu, intrépido, morri...
Tentando salvá-la da pureza,
Viciado em arrebentações de rubis.
Te vejo nua,
E me dano,
Quando essas árvores albinas me cercam nas ruas
E ficam me olhando...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
O CIÚME
Se todas as cartas estão suspensas no ar...
E todas as plantas se inclinando ao Sol;
Quem despregou o Ciúme do cruzeiro celeste?
O Ciúme,
Esse Anjo suicida,
Com duas tachas brilhantes nas costas,
Risca um fósforo e mergulha:
Quer incendiar o Mar!
E todas as plantas se inclinando ao Sol;
Quem despregou o Ciúme do cruzeiro celeste?
O Ciúme,
Esse Anjo suicida,
Com duas tachas brilhantes nas costas,
Risca um fósforo e mergulha:
Quer incendiar o Mar!
SE CHOVE
Se chove,
Uma canção vem me encontrar...
Só sei que alguém costura as enxurradas a um rio.
Rio que um dia desaguará num lago maior.
Assim como vindo de lágrimas
Um amor fez dois seres se encontrar
Num lugar onde eles nunca iriam
Se não fosse pra se encontrar.
Se chove,
Uma canção promove desarmamentos...
Chora por nós...
E pode nos enviar pra onde nunca iríamos com o Sol.
Uma canção vem me encontrar...
Só sei que alguém costura as enxurradas a um rio.
Rio que um dia desaguará num lago maior.
Assim como vindo de lágrimas
Um amor fez dois seres se encontrar
Num lugar onde eles nunca iriam
Se não fosse pra se encontrar.
Se chove,
Uma canção promove desarmamentos...
Chora por nós...
E pode nos enviar pra onde nunca iríamos com o Sol.
EU E OS GATOS
Não gosto de cheirar flores.
O perfume delas me é burocrático;
Senão quase fútil!
Como noiva e platéia em casamentos.
Não gosto de comprá-las em lojas.
Nem de vê-las nos jardins dos prédios.
Um jardineiro plantou-as obrigado.
E os moradores passam por elas indiferentes.
As flores deviam ser como as estrelas.
Ninguém as toca.
Ninguém as enfiou no firmamento.
Não murcharão.
Pelo contrário: verão nossa morte!
Não se permitem a tortura dos livros e cadernos.
Cor e perfume em estrelas são enigmas, mistérios.
Só os pássaros que são tolos gostam das flores.
Os cães nada sabem; convivem demais conosco.
E os gatos preferem de longe as estrelas.
Como eu!
O perfume delas me é burocrático;
Senão quase fútil!
Como noiva e platéia em casamentos.
Não gosto de comprá-las em lojas.
Nem de vê-las nos jardins dos prédios.
Um jardineiro plantou-as obrigado.
E os moradores passam por elas indiferentes.
As flores deviam ser como as estrelas.
Ninguém as toca.
Ninguém as enfiou no firmamento.
Não murcharão.
Pelo contrário: verão nossa morte!
Não se permitem a tortura dos livros e cadernos.
Cor e perfume em estrelas são enigmas, mistérios.
Só os pássaros que são tolos gostam das flores.
Os cães nada sabem; convivem demais conosco.
E os gatos preferem de longe as estrelas.
Como eu!
ERA UM GAROTO
Como eu gostava do selo no compacto dos Beatles!
Estático, no vinil aberto, era o mais bonito mapa-mundi.
Quando tocava, rodava soberano sobre o fuso.
E como rodavam as amigas de minha irmã mais velha,
E minhas primas contemporâneas delas...
Histéricas, selvagenzinhas aranhas peludas nos braços e pernas...
Todas, com bocas carnudas, inglesas ruivas de mini-saias!
Chiavam a introdução de Come Together...chhhuuup!
Dentro do meu banheiro branco;
Como o álbum...
Estático, no vinil aberto, era o mais bonito mapa-mundi.
Quando tocava, rodava soberano sobre o fuso.
E como rodavam as amigas de minha irmã mais velha,
E minhas primas contemporâneas delas...
Histéricas, selvagenzinhas aranhas peludas nos braços e pernas...
Todas, com bocas carnudas, inglesas ruivas de mini-saias!
Chiavam a introdução de Come Together...chhhuuup!
Dentro do meu banheiro branco;
Como o álbum...
COMPOSIÇÕES
Porque sou romântico
Te darei os ninhos das forquilhas dos meus braços...
E o porto esquerdo do peito à prova de furacões...
E a ponta do coração para os saltos sobre o mar...
E o direito mirante com vista para os sertões...
Traga seu porta-retratos, seus cremes, partituras, espelhos, batons...
Nos meus pelos pubianos pode deixar seu piano e violão...
E as mais embaladas das suas composições!
Te darei os ninhos das forquilhas dos meus braços...
E o porto esquerdo do peito à prova de furacões...
E a ponta do coração para os saltos sobre o mar...
E o direito mirante com vista para os sertões...
Traga seu porta-retratos, seus cremes, partituras, espelhos, batons...
Nos meus pelos pubianos pode deixar seu piano e violão...
E as mais embaladas das suas composições!
DA NOITE INTEIRA
Sou um poeta da margem
Não rimo amor
Nem armar
Nenhum vínculo...
Ontem pinguei tua estrela em meus olhos...
...viu como eles brilham límpidos!?
Não rimo amor
Nem armar
Nenhum vínculo...
Ontem pinguei tua estrela em meus olhos...
...viu como eles brilham límpidos!?
VAQUEIRO CELESTE
Abóio no céu
Montado na Lua branca.
Minha boiada é extensa, infinita...
Quando foge uma novilha
Não me importo,
Não persigo.
Deixo que fuja a cabeça...
Peço paixão;
Bons amigos...
Que caia, então, essa estrela!
No sertão,
No mar,
Numa ilha!
Montado na Lua branca.
Minha boiada é extensa, infinita...
Quando foge uma novilha
Não me importo,
Não persigo.
Deixo que fuja a cabeça...
Peço paixão;
Bons amigos...
Que caia, então, essa estrela!
No sertão,
No mar,
Numa ilha!
AMOR EM DESCUIDO
Porteiras ensolaradas que abrimos
Para que adentre o amor; carruagem no crepúsculo.
...E aí a tarde já vai caindo,
Os pássaros em bandos, certos, buscando os ninhos...
E tudo vai passando em encanto descuidado.
Nada é áspero; tudo é gozo!
A noite um lençol furado!
Mas eis que vem um menino zeloso
E as fecha a cadeado...
Para que não fujam os cavalos...
...E agora tudo depende,
Se vamos ou não querer,
Também domesticar os pássaros!
Para que adentre o amor; carruagem no crepúsculo.
...E aí a tarde já vai caindo,
Os pássaros em bandos, certos, buscando os ninhos...
E tudo vai passando em encanto descuidado.
Nada é áspero; tudo é gozo!
A noite um lençol furado!
Mas eis que vem um menino zeloso
E as fecha a cadeado...
Para que não fujam os cavalos...
...E agora tudo depende,
Se vamos ou não querer,
Também domesticar os pássaros!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
DE NOVO TE CONHECER
Olhe os meus cata-ventos,
Tão infantis, tão complicados...
Minhas iris giram ao sabor dos tempos.
Decifro o meu mais novo querer:
Nunca quisera o que sou,
Tolero-me belo...e isso é bem triste meu amor.
Por isso assopro margaridas ao anoitecer:
Acerte-se: a última pétala é de bem-querer!
Sou poeta, lambo sufocado pirulitos psicodélicos...
Sou poeta, trago um coração de batata-morte...
Minhas sobrancelhas são ferrões de abelhas
sobre girassóis sem sorte...
(Por ser tão saudade o seu cabelo!)
(Tão virtuoso o seu ser!)
Os meus cata-ventos só queriam de novo te conhecer.
Tão infantis, tão complicados...
Minhas iris giram ao sabor dos tempos.
Decifro o meu mais novo querer:
Nunca quisera o que sou,
Tolero-me belo...e isso é bem triste meu amor.
Por isso assopro margaridas ao anoitecer:
Acerte-se: a última pétala é de bem-querer!
Sou poeta, lambo sufocado pirulitos psicodélicos...
Sou poeta, trago um coração de batata-morte...
Minhas sobrancelhas são ferrões de abelhas
sobre girassóis sem sorte...
(Por ser tão saudade o seu cabelo!)
(Tão virtuoso o seu ser!)
Os meus cata-ventos só queriam de novo te conhecer.
VITÓRIA
Escolho caminhar.
A implacável ferida faroleia a praia.
Já amais?
Cada passo: o amor jamais!
...só se Deus arrancar-me outra costela
E soprar outra mulher;
Outra macieira;
Outra ilusão na teia.
E dois maravilhosos rinocerontes,
Macho e fêmea,
Em coito aberto sob o canhão da lua cheia.
E mais, na pedra da farsa, espetar vitoriosa a flor ingênua.
A implacável ferida faroleia a praia.
Já amais?
Cada passo: o amor jamais!
...só se Deus arrancar-me outra costela
E soprar outra mulher;
Outra macieira;
Outra ilusão na teia.
E dois maravilhosos rinocerontes,
Macho e fêmea,
Em coito aberto sob o canhão da lua cheia.
E mais, na pedra da farsa, espetar vitoriosa a flor ingênua.
NUNCA VOLTE ETERNAMENTE
Pergunto agora numa folha verde:
“Você me amará eternamente?”
E lanço-a do último andar...
Depois também me jogo;
Para pescá-la com os dentes...
Para que não atinja destino...
E volto ao apartamento
Com ela entre os lábios dormentes:
“Quero que você nunca volte eternamente!”
“Você me amará eternamente?”
E lanço-a do último andar...
Depois também me jogo;
Para pescá-la com os dentes...
Para que não atinja destino...
E volto ao apartamento
Com ela entre os lábios dormentes:
“Quero que você nunca volte eternamente!”
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