quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PODE SER VIRGÍNIA

PODE SER VIRGÍNIA

Essas malditas árvores
Que na seca ficam brancas
Folhas, tudo, flores, cascas...
E sangram visgo escarlate,
Me danam!

Te vejo nelas, nua,
Inocência da palidez naquela noite perdida...
Do escuro só a tulipa entre as coxas
E os olhos quentes de ébano.

Bem, as corujas vieram, quebraram as nossas lâmpadas...
E eu, intrépido, morri...
Tentando salvá-la da pureza,
Viciado em arrebentações de rubis.

Te vejo nua,
E me dano,
Quando essas árvores albinas me cercam nas ruas
E ficam me olhando...

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