Não gosto de cheirar flores.
O perfume delas me é burocrático;
Senão quase fútil!
Como noiva e platéia em casamentos.
Não gosto de comprá-las em lojas.
Nem de vê-las nos jardins dos prédios.
Um jardineiro plantou-as obrigado.
E os moradores passam por elas indiferentes.
As flores deviam ser como as estrelas.
Ninguém as toca.
Ninguém as enfiou no firmamento.
Não murcharão.
Pelo contrário: verão nossa morte!
Não se permitem a tortura dos livros e cadernos.
Cor e perfume em estrelas são enigmas, mistérios.
Só os pássaros que são tolos gostam das flores.
Os cães nada sabem; convivem demais conosco.
E os gatos preferem de longe as estrelas.
Como eu!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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